2 de fev. de 2009

Enfim chegamos..




Após a partida dia 31 de janeiro, enfrentamos mais de 30 horas de viagem até o nosso ponto final. Primeiro foram algumas horas de vôo, saímos às 8:40 de POA, depois às 13:15 de GRU e até Panama City foram umas 6h, depois um taxi maluco que nos cobrou U$ 30,00 sem choro (como cara reclamando que não tinha cobrado certo, por causa das pranchas), até o terminal rodoviário, que fica bem ao lado do maior shopping center daqui, que se chama Albrook Mall (mara), e é capaz de despertar o lado consumista de qualquer mortal. Quando chegamos lá tava o maior movimento de pessoas e adivinhem? As passagens até a cidade de Almirante que era nosso objetivo, tinham mesmo acabado. Resumindo a estória compramos os tickets até uma outra cidade chamada David que fica na cordilheira aqui conhecida como "la cordilheira de la muerte". 
Chegamos em David antes das 2h da manhã e a sorte é que a rodoviária tinha uma sala de espera, com filme rolando e aí esperamos até o bus vir. A viagem até Almirante, que seria de 10h, passou a 7 até David e depois umas 5h até Almirante, resultando numas 12/13h, metade disso num micro-ônibus, que descia a cordilheira a milhão, com a surdina furada e uma sonzeira maluca. Pela estrada pudemos observar que a chuva aqui também foi cruel, com a queda de várias barreiras, buracos na estrada e pedras gigantescas no meio do caminho. Observamos placas dos mais diferentes tipos, como com uma iguana desenhada e um cara caçando, mas de limite de velocidade, nenhuma. Deve ser lindo de dia, passamos por várias pontes, portanto vários rios, muito verde e ocas de índios no meio do nada. Chegando mais perto do nosso destino, com o dia clareando, o bus começou a parar em tudo que é canto pra catar os índios na beira da estrada. 
Chegamos em Almirante com neguinho saindo pela janela. Aí enfrentamos mais um taxi, que no final da estória, graças a Dios, não tentou nos arrancar os olhos como seria esperado, e nos levou até o ponto de barcos, que também pudemos observar. foi mais barato, U$4 cada até a ilha, mais U$1 da prancha, claro. Chegando em Isla Colón, pulamos pra outro barco até carenero, que é na frente, alguns segundos de distância e nos abancamos no Acqua Lounge. O cenário, um pouco diferente do último ano, já que houve a maior tormenta aqui e arrancou boa parte do bar e do deck, Christian, o dono, teve que fazer algumas mudanças, e o lugar ficou mais legal ainda. O único cenário de destruição existente era devido à uma festa na noite anterior. Como ele nos disse"big party last night". Tava uma zona, mas agora, depois de limpo e uma galera já se mandou , tá tranquilo.
Ontem a noite fomos matar a saudade na Doña Mara, e me arrependi de não ter levado a camera. Tive a maior briga com um carangueijo gigante que colocaram nomeu prato. Quando eu pedi, não tinha a menor idéia do que viria, e quando vi o prato se aproximando foi um ahhhhh. Resultado, uma bolha de sangue nas mãos, na luta pra quebras as "patinhas dele", mas tava muuuuito bom, vamos ter que repetir (só pela foto).
Como a previsão de surf para esta semana esta excelente, cheguei ontem com sede de ondas, apesar de uma ondulação boa mesmo estar encostando na próxima quarta, fui com um grupo de Argentinos surfar uma onda que não conhecia chamada "la curva" localizada na Isla Colon. Pegamos o barco e após ums 15 minutos chegamos, o visual era incrível, após uma curva em um morro uma bancada (que terminava exposta) e umas valas de 1 metro quebrando e o melhor de tudo, só 2 rastas surfando, agua cristalina e muy caliente. Marcamos com o barco para nos buscar em 2 horas, que passaram voando como os pelicanos que faziam acrobacias sobre a agua, muuuito bom mesmo, para o primeiro dia foi demais. Para a direita a onda era bem tubular e para esquerda abria mais, infelizmente minha fotógrafa preferida não estava junto para registrar o momento, mas fui muito legal mesmo, quero voltar la, apesar dos U$11,00 que o barco cobrou valeu. Como prefiro as direitas e ainda mais tubulares, para mim estava perfeito. O que não é muito aconselhável é surfar a onda até o fim porque termina muito raso, um dos amigos Argentinos quebrou a quilha, eu bati com os pés na bancada, mas tudo tranquilo é bom para ir se acustumando.
Demos uma boa caminhada até Carenerero Out Reef, fomos comidos vivos pelas famosas "chitras"( pequenos mosquitos que fazem estrago na pele) e apesar de estar flat, deu para aproveitar a caminhada para rever o local. Tomamos uma boa agua de coco e voltamos, para finalmente dar um mergulho e tomar uma Panama bem gelada. Estava mergulhando e um moleque me chamou "vem mirar lo cavalito", la fui eu ver o que ele queria me mostrar e o que vi foi muito bonito, um cavalo marinho muito grande de aproximadamente um 40 cm, muito bonito mesmo.
Na passada nos encontramos com um companheiro muito legal, um perro da raça rotweiller, igual da minha Brida, mas como uma abilidade exclusiva, ele é pescador e dos boms...

Um comentário:

  1. e ae galera, tudo tranquilo por aí depois dessa maratona?? espero que sim!! aproveitem por aí, boas ondas, mergulhos e claro, panama beer ehehhehehe
    grande abraço
    Baxo e Tati

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